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terça-feira, 12 de abril de 2016

História do Afeganistão

história do Afeganistão é marcada pela miscigenação e pelo confluir da influência de diversos povos e civilizações asiáticas, devido à sua posição geográfica, numa zona de transição e de movimentos migratórios. De 2000 a.C. a 1500 a.C. (aproximadamente), a região já servia de passagem para tribos indo-europeias que se dirigiam para o Penjabe através dos desfiladeiros do Hindu Kush. Do século VI a.C. ao IV a.C. tornou-se parte do Império Aquemênida, dos Aqueménidas, subdividido nas províncias de DrangianaÁria e Aracósia.Podemos considerar que o primeiro gérmen nacionalista afegão nasceu durante este período, com a reforma religiosa de Zoroastro(século IV a.C.), que originou um reino monárquico organizado de tribos arianas. Em 329 a.C., a região é conquistada porAlexandre da Macedónia que aí estabeleceu várias cidades designadas por Alexandria. Essas cidades terão dado origem, provavelmente, a Candaar e a Cabul. A primeira Alexandria aí fundada, a “Alexandria dos Arianos” terá dado origem à actual Herat. Depois da morte de Alexandre, a Bactriana foi governada pelos Selêucidas até 250 a.C., ainda que as satrapias de Candaar, Cabul, Herat e Baluchistão tenham sido cedidas por Seleuco Nicator, em cerca de 305 a.C., a Chandragupta, fundador do Império Máuriae avô de Asoca. Este último, que adoptou o budismo como religião, é o autor do mais antigo documento escrito da história do Afeganistão, em grego e aramaico. Em 250 a.C. forma-se, durante o seu reinado, o reino independente de Bactriana que se estenderá até cerca de 125 a.C.. Este será um período particularmente florescente em termos culturais, com a afirmação de uma civilização greco-búdica nascida da troca de influências helénicas e indianas. A região terá tido, durante esta época, uma escritaprópria. A partir do final do século II a.C. ou início do século I a.C. que invasões de tribos nómadas indo-europeias vindas da Alta Ásia (primeiro, os Citas, depois, os Partos) darão fim a esta civilização. Nos dois primeiros séculos da era Cristã, a região foi integrada no Império Kushananómadas tornados sedentários vindos da China, que se estabeleceram a sul do Amu Dária. Os Kushana alargaram o seu domínio ao noroeste da Índia, difundindo o budismo como religião de estado, e mantiveram-se na região até ao século VI. O império, que teve o seu auge no reinado de Kanishka, tornou-se num local de passagem de grande importância no intercâmbio entre o império Romano, a Índiae a China. As rotas das caravanas da Ásia Central, como a “Rota da seda”, ajudaram, por seu lado, à difusão do budismo na China.A zona ocidental da região foi, desde o século III, acometida pelos Sassânidas, havendo a realçar a invasão de Sapor I ao Império Kushana. No final do século IV, início do século V, a Báctria é assolada por uma horda de hunos brancos que segue em direcção à Índia, onde os Sassânidas, aliados aos turcos, os derrotam em 568. A região é então partilhada por várias potências, de forma algo complexa. O bramanismo hindu terá nessa altura uma importância decisiva, sendo reafirmada com a dinastia dos Xás de Cabul, substituindo o budismo. Quando os árabes conquistam a região, no século VII (a conquista de Herat dá-se a 651), encontrarão, assim, alguma resistência à implantação do islamismo que, contudo, impor-se-á definitivamente na primeira metade do século VIII. A região passará a ser designada pelos árabes como Coração (País de Leste).
Formaram-se, então, duas dinastias autónomas: os Safávidas e os Samânidas. Os últimos terminam o seu poderio no século X, passando a região a ser controlada por diversas dinastias turcas. No século XIII, os mongóis invadem o território, liderados por Gengis Khan, causando uma devastação que será depois continuada por Tamerlão, à frente dos turco-mongóis. Estes últimos, contudo, serão absorvidos pela cultura islâmica, promovendo mais tarde um certo renascer civilizacional.
Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, a rota da seda deixa de ter a importância que tinha e leva ao abandono do Coração. O grupo étnico dos pachtuns começa então a ganhar alguma importância em relação às outras etnias, principalmente depois de Mir Waïss e do seu filho, Mir Mahmud, que conquistou a capital do Irão, Isfahan. O seu sucessor será considerado um tirano, de modo que é deposto por Nadir Xá, que prosseguirá a política de conquistas (Candaar e Cabul, em direcção a Deli, na Índia).Os britânicos transformaram-se na potência principal no subcontinente indiano depois do Tratado de Paris de 1763, mas a coleção de pequenos príncipes e de tribos guerreiras que compunham o Afeganistão não lhes interessou até ao século XIX. Em 1809, sem saber em que direção iam as ambições de Napoleão Bonaparte, ainda fizeram um pacto com o líder de uma das facções em que se tinha estilhaçado a dinastia Durani, na região. Foi então que o Império Russo começou a ganhar vantagem na região afegã para pressionar aÍndia britânica.
O confronto entre os impérios britânico e russo expandiram significativamente influenciando o Afeganistão durante o século XIX no que foi denominado "Grande Jogo". A preocupação britânica com os avanços russos na Ásia Central e a influência crescente na Pérsiaculminaram em duas guerras anglo-afegãs e o "Cerco de Herat" entre 1837-1838, em que os persas, tentando retomar o Afeganistão e expulsar os britânicos e os russos, enviou exércitos no país e lutou contra os exércitos britânicos na maior parte ao redor e na cidade deHerat.
nome:Elias Santana

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