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quinta-feira, 24 de março de 2016

AVALIAÇÃO: NOVO HYUNDAI I30 2016

atch médio é reestilizado e ganha mais versões, mas para valer os 
R$ 85.990 da tabela ele precisa muito mais do que um tapinha no visual

Novo Hyundai i30 (Foto: Divulgação)
Hyundai i30 reestilizado acaba de chegar às lojas da marca no país. Pode parecer notícia velha, mas não é. O hatch médio da marca sul-coreana foi novamente reformado. Dessa vez, o faróis ficaram um pouco mais alongados e o modelo incorporou a grade hexagonal com cinco frisos cromados mais pronunciada, que caracteriza a nova identidade visual da marca e também estampará o novo HB20. Por sinal, há vários elementos comuns aos dois modelos. E isso não é algo positivo, diante da grande distância entre as faixas de preços entre eles. Por sinal, o novo i30 está quase R$ 10 mil mais caro após a plástica. A versão mais básica agora parte de R$ 85.990, preço que fica pareado ao das versõesTitanium do Ford Focus 2.0 e Highline doVolkswagen Golf 1.4 TSI. Mas mesmo renovado, o i30 não é páreo para a dupla que virou referência no segmento.

Impressões ao volante 

Por fora, as mudanças foram discretas, mas trouxeram um novo frescor ao visual do i30, que sem dúvida ainda exibe linhas arrojadas e cheias de curvas mesmo três anos depois da apresentação original. Pena que o interior do carro não corresponda à pinta e ao preço de carro premium. Há muitos elementos que remetem ao interior do irmão menor HB20, especialmente o excesso de plástico rígido no console e nas portas. Faltam materiais macios ao toque e acabamentos diferenciados, apesar do boa montagem das peças, dos pedais em alumínio, detalhes em cromado e do desenho agradável do interior.
Interior do novo Hyundai i30 (Foto: Fabio Aro)
O banco acolhe bem o motorista, que encontra uma posição mais baixa, porém bastante confortável ao volante. O parabrisa conta com um bom campo de visão e os ajustes de altura e profundida do volante ajudam a encontrar sem dificuldade a melhor postura para guiar. Mas diante da etiqueta salgada fazem falta os ajustes elétricos dos bancos, que nessa versão nem de couro são. O volante repleto de comandos tem boa empunhadora e um recurso bacana: é possível ajustar o peso da direção elétrica entre os modos Comfort, mais leve para as manobras, Sport, mais pesado para passar mais confiança em altas velocidade, e Normal. Não passa muita naturalidade no modo mais esportivo, mas convence os que não deixam o conforto de lado.Novo Hyundai i30 (Foto: Divulgação)
Além do comportamento ainda esperto, o conforto a bordo também um dos predicados do modelo. Com 2,65 metros de entre-eixos, o espaço interno é equivalente aos dos rivais Golf e Focus. Sobre pisos acidentados, a suspensão consegue absorver bem os tranquinhos, ao mesmo tempo em que se mostra estável e com comportamento sólido nas curvas com mais velocidade, mesmo que o i30 vendido no Brasil tenha optado pelo eixo traseiro de torção e não o multilink oferecido no europeu. Os controles eletrônicos de tração e estabilidade dão uma ajudinha nisso, mas vale dizer que não são itens de série. 
Custo-benefício

Além do tapinha no visual, a linha 2016 do i30 agora é oferecida em três versões: a de entrada que custa R$ 85.990, a top de R$ 98.990 e uma série limitada, que custa R$ 105.990. De série, o hatch oferece diferenciais como teto solar e central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas, com GPS. Mas ar-condicionado digital bizona, sensor de chuva, bancos de couro e os importantíssimos airbags laterais, de cortina e os controles eletrônicos de tração e estabilidade só estão disponíveis na versão top.  Sim, é preciso desembolsar quase R$ 100 mil por um i30 com controles de tração e estabilidade, algo que é oferecido de série no Ford Focus SE 1.6 de R$ 69.900.
Central multimídia do novo Hyundai i30 (Foto: Fabio Aro)


Se o consumidor quiser ainda mimos como bancos aquecidos, faróis de xênon, luzes e lanternas de led, sensor crepuscular e freio de estacionamento eletrônico precisará optar pela edição especial.

Isso quer dizer que ele não parece convidativo diante do Focus Titanium Powershift de R$ 86.900 e Golf Highline de R$ 91.690 que, além de conjuntos mecânicos mais afiados e acabamento premium, saem de fábrica com seis e sete airbags, respectivamente, afora os controles de tração e estabilidade, centrais multimídias completas, ar-condicionado digital.
Vale a compra?

Não. Apesar do bom conjunto mecânico, o i30 está longe de oferecer acabamento e lista de equipamentos condizente com o segmento e com os preços sugeridos. Para voltar a ser uma opção a ser considerada no segmento, ele precisa bem mais do que um tapinha no visual. Curiosamente, a primeira geração foi líder entre os hatches médios graças ao qualidades como bom comportamento proporcionado em parte pela suspensão traseira multlink, o motor 2.0 16V de 150 cv e torque maior e também o custo-benefício invejável.  
Interior do novo Hyundai i30 (Foto: Fabio Aro)
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, a gasolina
Cilindrada: 1.797 cm³
Potência: 150 cv a 6.500 rpm
Torque: 18,2 kgfm a 4.700
Transmissão: Automática de seis marchas, tração dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão: McPherson na dianteira e dual-link na traseira
Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS e EBD
Pneus: 225/45R17
Dimensões: Comprimento de 4,30 metros, largura de 1,78 metro, altura de 1,49 metro e distância entre-eixos de 2,65 metros
Capacidades: Tanque 53 litros; Porta-malas: 378 litros (Hyundai)
Peso: 1.250 kg

Números de teste

Aceleração 0-100 km/l: 10, 9 segundos

Retomada de 60-100 km/l: 5,9 segundos
Frenagem a 80 km/h: 27,9 metros

Consumo:  7,6 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada

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