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terça-feira, 24 de março de 2015



Os pontos mais altos são alternativamente o fim do primeiro trimestre, março, ou o fim do segundo trimestre, junho, demonstrando que há longos meses a atravessar até que o ponto máximo de 2015 seja atingido.

Finalmente observa-se que entre o último trimestre dos vários anos, (sempre os de níveis de mananciais mais baixos), e os trimestres de picos, (primeiros e segundos trimestres), há acúmulo situado entre algo como 15 a 30% a depender dos anos. Portanto se 2015 for um ano bom de chuvas poderá elevar os mananciais em 30 pontos. A pergunta que eu faria é: deve o volume morto ser tomado como um volume negativo, ou seja, as chuvas de dezembro a março deverão antes de encher o reservatório principal encher o volume morto ou são volumes geograficamente separados? Se for o mesmo volume e não dois contíguos, as chuvas preencherão primeiro o valor negativo, (o volume morto), para depois preencher o positivo? Em qualquer cenário o próximo ano, mesmo com chuvas na média, ou acima delas, se acompanhará provavelmente de níveis baixos dos mananciais que exigirão um manejo compatível com o racionamento ao longo de 2015.
Se, como a análise da série permite constatar, nem a chuva tem o poder de reverter a situação crítica dos mananciais a níveis seguros no próximo ano, o Racionamento se coloca, então, como alternativa incontornável a considerar as médias anteriores e a falta de alternativas para o abastecimento, (ou há?). Quanto mais tarde for decidido pior, pois o racionamento não traz água nova, apenas lentifica o consumo da água que ainda está nos mananciais.

Concluo, com a humildade de um não especialista, com base no que mostra o gráfico da série de dez anos, que seria certamente muito prudente que o racionamento fosse decretado o quanto antes, afinal ninguém sabe ao certo o que é realmente a falta de água corrente contínua e irremediável para 8 milhões de pessoas por meses, risco que me parece não pode ser descartado num horizonte de alguns meses. Trata-se de um fenômeno desconhecido considerando a realidade urbana e complexa de uma megalópole. As experiências de falta d'água contínua no Brasil vêm do Nordeste, nos períodos de seca e vêm de cidades bem menores que São Paulo, onde com frequência os carros pipa são mobilizados para uma, cada vez mais rara, necessidade emergencial.
A afirmação de que há água suficiente até o próximo ano, pode não estar bem fundamentada nas médais anteriores e pode ser excessivamente otimista. A atipia de 2013/2014, (a última série), aponta para situação sem paralelo e de extrema gravidade, cujo manejo requer, a meu ver, prudência proporcional e racionamento.

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