Ziraldo
]Vida
Ziraldo Alves
Pinto passou toda a infância em Caratinga. É irmão
do também desenhista, cartunista, jornalista e escritor Zélio
Alves Pinto e
também de Ziralzi Alves Pinto, seu grande irmão. Estudou dois anos no Rio de Janeiro e voltou a
Caratinga, tendo concluído o módulo científico (atual ensino médio).
Formou-se emDireito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1957. Seu talento no desenho já se manifestava
desde essa época, tendo publicado um desenho no jornal Folha de Minas com apenas seis
anos de idade.
Começou a
trabalhar no Jornal Folha de Minas, de Belo Horizonte, em
1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer
na revista O
Cruzeiro em
1957 e posteriormente no Jornal do Brasil,
em 1963. Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho)
conquistaram os leitores.
Em 1960, lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita
por um só autor,Turma
do Pererê, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente
produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores
tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a
revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial.
Caricatura de Ziraldo.
Em 1969, Ziraldo recebeu o "Nobel"
Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e
também o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da
América Latina.
Foi fundador e
posteriormente diretor do periódico O Pasquim, tabloide de oposição aoregime militar, uma das prováveis razões de sua
prisão, ocorrida um dia após a promulgação do AI-5.
Em 1980, lançou o livro "O
Menino Maluquinho", seu maior sucesso editorial, o qual foi
mais tarde adaptado na televisão e no cinema.
Incansável,
Ziraldo ainda hoje colabora em diversas publicações, e está sempre envolvido em
novas iniciativas. Uma das mais recentes foi a "Revista Bundas",
uma publicação de humor sobre o cotidiano que faz uma brincadeira com a revista
"Caras", esta,
voltada para o dia a dia de festas e ostentação da elite brasileira. Ziraldo
foi também o fundador da revista "A Palavra" em 1999.
Ilustrações de
Ziraldo já figuraram em publicações internacionais como as revistas Private Eye da Inglaterra, Plexus da França e Mad, dos Estados Unidos.
Desde o ano de
2000 participa da "Oficina do Texto", maior iniciativa de coautoria
de livros do Mundo, Criada por Samuel Ferrari Lago então diretor do Portal
Educacional, onde já ilustrou histórias que ganharam textos de alunos de
escolas do Brasil todo, totalizando aproximadamente 1 milhão de diferentes
obras editadas em coautoria com igual número de crianças.
Em 9 de dezembro
de 2008, Ziraldo foi agraciado com o VI Prêmio Ibero-americano de Humor Gráfico
Quevedos.[2]
O prêmio foi
atribuído pela "qualidade e importância de sua obra", "seu
compromisso social" e sua "difusão e grande repercussão
internacional" e homenageia a trajetória profissional de cartunistas
espanhóis e ibero-americanos cuja obra se destaque pelo significado social e
artístico
Em 5 de abril de 2008, Ziraldo — e mais vinte jornalistas que
foram perseguidos durante os anos de chumbo — teve seu
processo de anistia aprovado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e foi indenizado em mais de R$
1 milhão, além de receber uma pensão vitalícia de R$ 4.375,88.[3] Ele e o cartunista Jaguar receberam as
maiores indenizações.[4] À época, Ziraldo
afirmou que "o Brasil lhe devia" tal indenização, declarando:
"Eu quero que morra quem está me criticando. Porque é tudo cagão e não
botou o dedo na seringa. Enquanto eu estava xingando o Figueiredo e fazendo charge contra
todo mundo, eles estavam servindo à ditadura e
tomando cafezinho com o Golbery. Então, qualquer crítica que se fizer em
relação ao que está acontecendo conosco eu estou me lixando".[3] O episódio foi
comentado por seu antigo colega Millôr
Fernandes, que se negou a exigir indenização, questionando:
"Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?".[5]
Em 31 de março de 2011, Ziraldo, seu irmão Zélio
Alves Pinto e
mais 9 pessoas foram condenados por improbidade administrativa na realização, em 2003, do primeiro Festival Internacional do
Humor Gráfico das Cataratas do Iguaçu (Festhumor) e no “Fantur - Iguassu dê uma
volta por aqui”, em ação movida em 2006 pelo Ministério Público Federal. A ação relata que o
dinheiro público municipal e federal foi mal utilizado porque, segundo a
sentença, para o primeiro Festhumor, houve contratações sem licitação e
pagamentos em duplicidade, que corresponde a remuneração dupla pelo serviço
prestado uma vez. O processo relata ainda desvio de verba no Fantur, que foi
uma ação promovida pela Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu para levar
jornalistas e cartunistas para cidade, com todas as despesas custeadas pela
prefeitura. Além disso, Ziraldo registrou indevidamente a marca do festival em
seu nome no Inpi, contrariando o
edital (que previa a cessão perpétua do desenho), e caracterizando assim a
intenção de utilizar a marca comercialmente. Em 24 de novembro de 2011, a pena de Ziraldo foi fixada em dois
anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além do pagamento de multa de R$
87.360. O juiz substituiu a prisão por prestação de serviço à comunidade ou
entidades públicas, e o pagamento de um salário
mínimomensal pelo mesmo período da pena. Ziraldo e os demais réus
podem recorrer da decisão.[6][7][8]
§ No
carnaval de 2003, foi tema da escola de samba paulistana Nenê
de Vila Matilde e
em 2012, será tema da Tradição.
§ Seu
nome vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha com o de seu pai Geraldo:
assim surgiu o Zi-raldo, um nome único.[9]
§ Ziraldo
apresentou um programa de entrevistas de fim-de-noite antes de Jô Soares. Em
1982, dirigido por Maurício
Sherman, Ziraldo comandava o programa Etc., na TV Bandeirantes,
depois das 23h. Durou apenas um ano, mas fez história com a primeira longa
entrevista de Dom
Hélder Câmara sobre
a ditadura.
§ Muitas
vezes Ziraldo colabora com projetos sociais de cunho educacional e mesmo causas
ambientais, como por exemplo a criação da logomarca da RPPN
Rio das Lontras, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural próxima a
Florianópolis, Santa Catarina.
[Algumas obras e criações
§ O
Bichinho da Maçã
§ A
Fábula das Três Cores
§ O
Planeta Lilás
§ Vito
Grandam
§ O
Menino e seu Amigo
§ Jeremias,
o Bom
§ Queremos
Paz (em
parceria com crianças de todo Brasil por meio do Portal Educacional)
§ O
Menino Quadradinho
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